Lily Allen, sempre bem-disposta, com o ar de menina travessa que a caracteriza correu de lés-a-lés os dois álbuns que a colocaram no mapa da pop britânica, bem acompanhada por um copo de vinho (não sabemos se português) e um maço de cigarros que a ajudaram a apresentar as canções mais exigentes.A entrada bombástica foi feita ao som de "Everyone's At It", tema que abre também o segundo álbum It's Not Me, It's You.
"Tiveram um bom fim-de-semana?" perguntou. Como se a resposta não a satisfizesse atira: "Conseguem fazer melhor que isso!" e o público responde à letra. "Sabem o que fazemos quando nos estamos a divertir?" é a dica para "Smile", primeiro êxito cantado em peso pelo público (em maior número que o esperado).
O ritmo dançável, que passa pelo reggae, de "Smile" passa então a vez a "The Fear", primeiro single do segundo álbum e, a avaliar pela reacção do público, um dos temas mais facilmente reconhecíveis. A parte em que canta "Now everything is cool as long as I'm getting thinner" serve para mostrar a barriguinha bem mais tonificada que o que exibia há uns tempos antes de um ataque de riso aberto.
"Estão prontos para dançar" é a frase que abre uma versão de "Womanizer" de Britney Spears (tema que já se tornou hábito nos alinhamentos dos concertos da inglesa). O momento alto do concerto chegaria a seguir, com "Fuck You", um dos últimos singles de It's Not Me, It's You . "Esta requer interacção com vocês. Quero ver os vossos dedos do meio no ar" diz antes de dedicar o tema polémico a todos os "homofóbicos e racistas que andam por aí". Teve exactamente o que pediu. Dedos no ar e um coro valente.
A terminar o concerto, "Not Fair", a tal sobre ejaculação precoce, é dedicada a todas as senhoras da audiência. Em modo country, Lily despede-se com um beijo depois de apresentar a banda que a acompanha e dos agradecimentos: "Muito obrigado, Portugal. Espero que aproveitem a vossa noite"
fonte: Blitz
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