A actriz Lindsay Lohan vai protagonizar o filme Inferno, um filme independente que conta a história da estrela porno dos anos 70, Linda Lovelace.
O filme terá direcção e roteiro do estreante Matthew Wilder. De acordo com o produtor, o filme mostrará os períodos problemáticos da actriz e as dificuldades que ela teve de enfrentar.
Bill Pullman também está confirmado para o elenco e viverá Hugh Hefner, fundador da Playboy.
Anna Faris e Rose McGowan já estiveram apontadas para o papel, mas Razaqi mostrou-se confiante na escolha de Lohan.
"Não que a vida dela [Lindsay] seja semelhante, de maneira alguma, mas ela [Lovelace] passou por alguns altos e baixos. Um dia todos te adoram e no outro, te odeiam. Acho que Lindsay conseguirá identificar-se com algumas dessas emoções. (...) Eu diria que este é um dos papéis mais desafiadores que qualquer actor poderia interpretar. Não apenas pelo conteúdo sexual, necessariamente, mas porque ela sofreu tanto emocionalmente que acho que Lindsay terá que dar tudo de si para conseguir dar conta," declarou o produtor ao LA Times.
Quanto à indiscrição da actriz - que actualmente enfrenta a possibilidade de ser presa depois de não comparecer à clínica de reabilitação que o júri lhe impôs-, Razaqui não se mostrou preocupado.
"Vou dizer-te uma coisa: se o comportamento dela fosse uma grande preocupação para nós, não teríamos corrido atrás dela para o papel dessa maneira".
A actriz também comentou o seu papel e diz que o filme não será pornográfico.
"A maneira do Matthew (Wilder, o director) filmar não é vulgar. O filme não é sobre sexo pesado com cenas de nudez total", disse Lindsay, segundo o "The Sun".
"É mais sobre entrar na mente da personagem e ver como ela era assustada. É o que quero mostrar", acrescentou Lindsay, empolgada com a possibilidade de interpretar uma personagem real.
"Muitos dos filmes que já fiz eram estúpidos. Portanto, é bom participar em algo que me faça experimentar novas emoções".
Linda Lovelace tornou-se mundialmente conhecida ao protagonizar o filme Garganta Profunda, em 1972. Mais tarde, passou a activista contra a indústria pornográfica e acabou por admitir que fora o seu primeiro marido, de quem se divorciou em 1973, que a tinha coagido sob ameaça de morte a participar nos filmes pornográficos.
Em 1980, Linda lançou uma autobiografia, Ordeal, em que revelava ter sido vítima de violência, violações, prostituição e pornografia.
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